Ensino superior

Uniesp dá calote e não paga professores demitidos

Atualizada em 24/01/2020 12:35

Bastante conhecida por frequentar o noticiário policial, a Universidade Brasil/Uniesp deu mais uma perversa demonstração de sua também tradicional truculência, confirmando que trata a Educação apenas como um grande balcão de negócios: no final do ano passado, demitiu cerca de 200 professores, ignorando solenemente os direitos trabalhistas e as verbas rescisórias garantidas pela lei, sem sequer pagar os dias trabalhados em dezembro. Do alto de sua arrogância e desfaçatez, recomendou apenas aos demitidos que "procurassem a Justiça". 

Para tentar reverter mais essa inaceitável arbitrariedade, o SinproSP já está encaminhando recurso à Secretaria Especial do Trabalho e também ao Ministério Público do Trabalho, para denunciar publicamente as atrocidades patrocinadas pela Universidade Brasil. A sociedade precisa saber quem são e como agem os proprietários desse arremedo de instituição de ensino. Além disso, os professores sindicalizados devem agendar atendimento com o departamento jurídico do Sindicato, para encaminhar as ações trabalhistas. Já os não sindicalizados devem conversar com o professor Ailton Fernandes, diretor responsável pelo Jurídico do SinproSP, para que se possa encontrar a melhor alternativa para enfrentar a questão.

Vale lembrar que José Fernando Pinto da Costa, dono e reitor da Universidade Brasil/Uniesp, esteve preso por quase um mês, em setembro do ano passado, numa operação ("Vagatomia") comandada pela Polícia Federal que desmontou um grande esquema de falcatruas na concessão do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) e que também comercializava e vendia vagas para alunos do exterior no curso de Medicina, em Fernandópolis. A bandalheira é bem antiga.

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