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Carpinejar fala sobre família, educação e novos papéis poéticos

Atualizada em 31/10/2008 17:23

O escritor Fabrício Carpinejar encerrou o mês do professor em um encontro cheio de humor e poesia. Ele esteve no auditório do Sindicato no último dia 30, para uma palestra que tratou da família, escola e de novos papéis poéticos para pais e docentes.

Carpinejar falou sobre a importância do afeto e do cuidado com os relacionamentos que hoje, em muitos casos, têm ficado para segundo plano, equivocadamente, na opinião dele. Ressaltou a beleza da rotina – “repetimos as coisas porque gostamos delas, não é?”, instigou -, da convivência entre os familiares.

Para ele a idéia de ver a família como uma empresa é equivocada: “se pensarmos assim, é como imaginar que um dia desses nossos filhos podem ser ‘demitidos’, ironizou, lembrando que a família é sempre o porto-seguro, o lugar para onde sempre podemos voltar.

O cronista e poeta gaúcho falou também sobre as mudanças ocorrida nas escolas – como conseqüência dessas transformações na sociedade – ressaltando que há alguns anos as salas de aula eram mais homogêneas, “todos eram iguais, eram vistos assim e se portavam assim, estavam lá por um objetivo comum: aprender”. Mas nos dias atuais há muitas diferenças, as demandas externas dos alunos acabam indo para sala de aula também, fazendo com o professor tenha que lidar com elas, além de ensinar.

O escritor
Nascido na cidade gaúcha de Caxias do Sul, Fabrício Carpi Nejar, Carpinejar, é poeta, cronista, jornalista e professor, mestre em Literatura Brasileira pela UFRGS. Vem sendo aclamado por escritores do porte de Carlos Heitor Cony, Millôr Fernandes, Ignácio de Loyola Brandão e Antonio Skármeta como um dos principais nomes da poesia contemporânea.

É autor do livro de crônicas “Canalha!” (Bertrand), lançado na última Bienal do Livro de São Paulo e dos livros de poesia "As Solas do Sol" (1998, 2ª edição, Bertrand Brasil), "Terceira Sede" (2001, 2ª edição, Escrituras), "Biografia de uma árvore" (2002, 2ª edição, Escrituras), "Caixa de sapatos" (2003, 2ª edição, Companhia das Letras), "Cinco Marias" (2004, 2ª edição, Bertrand Brasil) e "Como no céu/Livro de Visitas" (2005, Bertrand Brasil) e "Meu Filho, Minha Filha" (2007, 4ª edição, Bertrand Brasil), do livro de crônica "O Amor Esquece de Começar" (Bertrand Brasil, 2ª edição, 2006), do juvenil "Diário de um apaixonado: sintomas de um bem incurável" (Mercuryo Jovem, 2008), e dos infantis "Porto Alegre e o Dia em que a Cidade Fugiu de Casa" (Alaúde, 2004) e "Filhote de Cruz-credo" (Girafinha, 2006).

Recebeu vários prêmios e participou de coletâneas no México, Colômbia, Índia, Estados Unidos, Itália, Austrália e Espanha.

Para conhecer mais o escritor acesse: o seu blog.

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